Cada vez mais novos estudos têm sido realizados para entender melhor o autismo, melhorar o seu diagnóstico e combater preconceitos
O TEA – Transtorno do Espectro Autista – engloba diversas variações do autismo, que pode se manifestar com vários sintomas e graus de intensidade diferentes, mas em geral afeta principalmente a comunicação, a interação e o comportamento.
De acordo com um levantamento do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), houve um aumento do número de casos de autismo nos Estados Unidos, passando de 1 a cada 150 crianças em 2000 para 1 a cada 36 crianças em 2020. Esse aumento de casos e uma maior atenção da mídia à condição fez crescer a necessidade de estudos que analisassem mais profundamente o TEA.
Um novo estudo publicado na revista científica Emergentes pela Médica e Cirurgiã Plástica Dra. Elodia Ávila em parceira com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o Médico Psiquiatra, Dr. Flávio H. Nascimento, a Mestre em psicologia, Vanessa Schmitz, a Graduada em Justiça Criminal, Sophia Utnick-Brennan e a Mestre em Psicologia da educação, Gizela Silva, “Características do autismo: uma revisão de literatura”, se dedicou a analisar as características do autismo.
O estudo foi realizado por integrantes do grupo RG-TEA, projeto brasileiro que reúne pesquisadores, autistas, filantropos e pais de autistas para estimular a produção científica e informações embasadas sobre o tema.
O autismo
Os primeiros casos registrados de autismo surgiram em 1907, quando o psiquiatra suíco Bleuler usou o termo pela primeira vez, já em 1943, Leo Kanner descrever características da condição em crianças e chamou de “autismo infantil”, em paralelo a Hans Asperger que identificou casos similares, dando origem à síndrome de Asperger.
“No geral, o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento, complexo e heterogêneo, que geralmente emerge nos primeiros anos de vida, caracteriza-se pela presença de dificuldades na comunicação, interação social e comportamentos repetitivos”, afirma o estudo.
Características do autismo
Estudos recentes têm reforçado a importância do diagnóstico precoce do risco de autismo para intervenções mais eficazes, sempre com uma abordagem multidisciplinar e muito apoio dos pais ou responsáveis. Como estudos epidemiológicos sobre o TEA ainda são bastante limitados, estar atento a sinais de alerta no desenvolvimento da criança é essencial para a identificação precoce.
Sintomas comuns no autismo são o hábito de cheirar ou lamber objetos, movimentos repetitivos, tendência a seguir rotinas, dificuldade com mudanças, muita sensibilidade a luz, cores, sons e toques, dificuldade de entender ironia e piadas, de se expressar, de interagir com novas pessoas e de desenvolver a linguagem.